As ligações clandestinas de energia elétrica, além de ser crime, podem causar diversos prejuízos. Na Paraíba, neste primeiro semestre foram registrados cerca de seis mil “gatos” de energia. Um número 4% maior que no mesmo período do ano passado, quando foram registrados 5,4 mil ligações clandestinas. A energia roubada neste período daria para atender por um ano, uma cidade do tamanho de Patos, no Sertão paraibano.
Segundo a Energisa, empresa responsável pelo fornecimento da energia elétrica no Estado, o consumo irregular da eletricidade gerou um prejuízo de aproximadamente 31,2 milhões só nesse semestre. “A energia desviada no período é suficiente para atender mais de 40 mil unidades consumidoras por um ano, o que corresponde a uma cidade do tamanho de Patos”, informou Marina Rievers, da gerência de comunicação da Energisa.
Além dos prejuízos financeiros, o desvio de energia pode acarretar danos nas instalações internas das casas sobrecarregando o sistema elétrico. “O furto de energia afeta o abastecimento, podendo causar acidentes e outros danos. Além do prejuízo financeiro, o furto representa risco de morte, tanto para os que interferem no sistema elétrico à revelia da distribuidora, quanto para os vizinhos das unidades onde é feito o furto”, disse.
Punição para o crime
No caso da fraude confirmada, o consumidor irregular responderá a processo por crime contra o patrimônio, previsto no Artigo 155 do Código penal, e pode pegar até oito anos de prisão e pagar os valores do consumo da energia desviada.
De acordo com a gerência de comunicação, para localizar onde há ligação clandestina, a empresa mantém o Centro de Inteligência de Combate a Perdas (CICOP) que monitora o consumo dos clientes e até consegue detectar indícios de desvios de energia. “Com base nessas informações, são feitas verificações em campo”, contou.
Qualquer pessoa pode denunciar, de forma segura e sigilosa o furto de energia elétrica. “As denúncias podem ser feitas em qualquer dos nossos canais de atendimento: site, facebook, o nosso aplicativo para celular Energisa On, call center e agências”, disse.
Fonte : Alyf Santos do Correio da Paraiba
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